O guia perfeito para te tornares uma Girl Boss a vender online

Hoje saí de casa por volta das oito da manhã para uma breve ronda de thrift shopping antes de ir para o trabalho. Os meus últimos meses têm sido assim. Divido a minha vida entre estudos, um trabalho em part-time e um negócio online. Descobri todo um mundo novo através da Internet e estou a criar um micro-negócio de roupa em segunda mão. Estou consciencializada de que a Internet é o futuro e que não é preciso um investimento enorme – apenas determinação – para num curtíssimo espaço de tempo conseguir obter frutos.

Felizmente, ou infelizmente, não sei, sou uma privilegiada, na medida em que praticamente todas as semanas, desde que sou pessoa,  compro uma peça de roupa. Mas esta cena de viver para a moda e ter esta necessidade constante de comprar e comprar e comprar, desculpem a expressão, é uma merda. É que se antigamente as lojas eram baratas, agora são absurdamente caras. Ou se são baratas estás oficialmente a dar dinheiro a uma companhia para levantarem um belo dum dedo do meio aos trabalhadores que fazem as roupas e são pagos ao preço de chiclete. A moda é um ciclo vicioso de falsa ética. E um poço aditivo. É que para além de ser um cancro para o planeta, um bafo de azar para as famílias que vivem da indústria têxtil, uma tormenta para as seguidoras dos estereótipos impostos pela sociedade derivadas do marketing da indústria… É também a cova para os escravos das tendências. Eu que o diga. É que habituei-me a comprar. E na primeira vez que vestia sentia-me no auge. Na segunda vez vá. Mas na terceira vez já não me dizia nada.

O gosto pelas vendas online já não vem de agora. Aos quinze comecei a vender as minhas roupas usadas no OLX. Admito que quando comecei a ideia era comprar, usar meia dúzia de vezes e vender para comprar algo novo. Mas isto é um ciclo e assim não ia a lado nenhum. Tive que reformular a minha postura. Agora se vendo fico quietinha, que assim é que deve ser.

Aos dezassete criei uma página no Instagram para vender roupa nova que comprava para revender – adorava a parte de procurar as peças mais in, sempre tive o bichinho do styling e de previsão das tendências dentro de mim. Apesar das vendas não serem muito frequentes, em certos meses cheguei mesmo a fazer dinheiro a sério com uma brincadeira que me dava gozo fazer, em qualquer sítio, a qualquer hora.

Depois de me mudar para Inglaterra tornou-se complicado gerir a página. Eventualmente acabei por procurar hipóteses em Inglaterra. Experimentei publicar as minhas peças de roupa na versão inglesa do OLX, o Gumtree. Não resultou. Acabei por publicar no Marketplace no Facebook e com o tempo fui livrando-me de tudo o que simplesmente já não queria.

Quando comecei a trabalhar na Levis conheci a Mia, uma rapariga que gere uma página no Depop – a maior plataforma de vendas em segunda mão em Inglaterra – que também está disponível no resto do mundo, mas que em Inglaterra tem um tráfego diário enorme, particularmente de um público alvo jovem, de mente aberta e com a paixão pela moda. A Mia tem um olho especial para peças vintage e dedica várias horas da sua semana a procurar roupas únicas e originais em lojas de caridade, que compra para revender e ganhar uma margem de lucro. As suas fotos são mega originais, já tem um nicho específico para o qual consegue vender as ruas roupas praticamente minutos depois de as publicar e o seu objetivo é combater as fast-fashion e tornar-se uma girl boss.

Por curiosidade, decidi publicar no Depop um casaco de lantejoulas que comprei em saldos no Outlet de Vila do Conde.. custou pouco mais que 5€ na altura. Tirei uma foto com poucos cuidados e publiquei o anúncio. Nunca mais me lembrei de que tinha a app no telemóvel. Qual não é o meu espanto quando alguns dias depois recebo uma notificação de que o casaco tinha sido vendido por 25€! Nessa tarde peguei na minha máquina fotográfica e nas soft boxes e tirei fotos a metade do meu armário.

Acabei, eventualmente, por vender todas as minhas peças de roupa que tinha aqui em Inglaterra e que já não usava e comecei a explorar lojas de caridade. Hoje compro grandes quantidades de roupa usada e revendo. Recentemente alarguei o negócio ao eBay, ao qual ainda me estou a habituar, mas devo ressalvar a ideia de que também é um sítio ótimo para revender visto que tem uma audiência enorme.

Os melhores sítios para vender online

Todos os sites para vendas online têm os seus prós e contras. Taxas, tráfego e procura são coisas importantes a ter em conta na hora de criar uma conta.

Para mim, ainda que com taxas elevadas, o Depop é a minha app preferida. Semelhante ao Instagram mas numa versão loja, torna-se muito fácil ao consumidor procurar as melhores peças. É fácil de negociar, de receber reviews, de procurar artigos e consequentemente de vender/comprar. Contudo, creio que não esteja tão desenvolvida em Portugal quanto em Inglaterra. Ainda assim, é permitido shipping internacional, por isso vale a pena tentar.

O Ebay também tem uma audiência enorme, e bastante alargada, em comparação com o Depop, onde o público alvo são os mais jovens. Oferece não só a opção de venda imediata mas também o leilão, perfeito para artigos mais caros, onde o lucro consegue ser excelente. Contudo, também tem taxas e o pagamento não é automático como no Depop – o consumidor tem de efetuar o pagamento manualmente, depois de pressionar o botão de compra. Isto leva muitas vezes a que o consumidor acabe por não pagar, mas apartir do momento em que o botão de compra é pressionado, o vendedor vai ter que pagar as taxas do artigo.

O Marketplace do Facebook é uma forma fácil e rápida para se livrar de peças mais baratas. Quando tenho lotes de roupa em stock e não estou a conseguir vender acabo por publicar bundles no Facebook. Na maioria das vezes a entrega tem que ser em mão, o que não é muito seguro e por isso, ainda que seja dinheiro fácil porque não pagamos taxas, acabo por não levar a venda até ao fim se desconfiar do perfil da pessoa que está do outro lado.

O Instagram é bom para publicitar entre conhecidos. Recentemente criei uma página dedicada só a vendas mas tenho a consciência de que o alcance é muito baixo e que se vender meia dúzia de artigos já é excelente. Contudo, pessoas com mais alcance como influencers conseguem vender obviamente qualquer coisa. Fora esta página de que falei agora, tenho também a outra conta onde vendo peças novas e como já disse alguns parágrafos acima, o lucro era muito bom mas as vendas também não era diárias. As clientes são quase sempre as mesmas, que por saberem que a página é de confiança procuram sempre voltar. Uma boa dica, e esta trago das minhas aulas de curso, é não ter vergonha de seguir pessoas. Na fase inicial essa é uma das poucas formas que temos de chegar até mais gente e quando o assunto é maximizar vendas, não brincamos em serviço.

Já experimentei o Vinted, uma app nova onde vendi uma peça, mas não gostei do procedimento. O dinheiro fica pendente até o consumidor receber o artigo, que deve ser enviado pela Hermes, com uma etiqueta impressa por nós em casa. Não tinha impressora e o local mais próximo de Drop-Off da Hermes era relativamente longe de minha casa por isso acabei por não voltar a vender. No entanto, artigos de luxo são extremamente baratos (o público alvo é mais velho e no geral são pessoas que se querem apenas libertar de coisas que já não usam mas não têm a consciência do valor atual das peças). Acabei por comprar vários pares de Levis para revender e resultou tão bem que agora dedico também parte do meu tempo a comércio de high-end brands.

Pelo que sei, o Asos Marketplace e o Etsy são boas opções para roupa vintage e peças artesanais, respetivamente. De facto, são websites extremamente conhecidos e por isso não duvido que tenham uma larga audiência. Apesar de ainda não os ter experimentado, porque acredito já ter encontrado os meios que melhor resultam comigo, fica a dica!

Dicas para vender online

As melhores dicas para efetivar uma venda online aplicam-se a todos os websites.

Fotos de boa qualidade são a peça fundamental. Uma boa luz e um fundo neutro onde o foco seja a peça são meio caminho andado para que seja vendida. Muitos vendedores publicam também fotos a vestir a peça. Na maioria das vezes eu não o faço porque preciso de rentabilizar o tempo e as fotos são mesmo uma das coisas que me tira mais tempo no processo todo. Na maioria das vezes, se há alguém interessado no artigo mas gostavam de ver como veste, acabam eventualmente por pedir uma foto com o artigo vestido.

Aliada à fotografia, a presença online faz a combinação perfeita. Estar ativo na plataforma, publicar com frequência e se possível, dar refresh nas publicações (tanto o Depop como o Facebook Marketplace permitem atualizar os anúncios para que voltem para o topo da página). Por experiência pessoal, isto dobra as hipóteses de vender o artigo em menos de 24h.

Ás vezes reputação é tudo e por isso é preciso ganhar a confiança do consumidor antes de procurar gerar receitas estrondosas. Preços mais baixos ou negociáveis são uma forma fácil de atrair mais compradores no início para construirmos feedback na nossa página – sinto que no meu Depop as vendas tornaram-se muito mais frequentes depois de vender e receber as primeiras 20 reviews!

Foi com a minha loja de Instagram The Pink Punch que percebi que os detalhes contam muito. Quando comecei a vender costumava enviar as peças numa caixinha de cartão que podia ser reutilizada. Os artigos iam envolvidos em papel crepe e enviava sempre um miminho extra. Mas a verdade é que ao começar um negócio não vale a pena comprar quantidades massivas de material não sabendo se o que estamos a fazer terá saída ou não. Comprar caixas individualmente e os portes elevados tornavam o lucro muito pouco por isso acabei por mudar para envelopes normais. Com as vendas do meu Depop e do meu eBay a aumentarem exponencialmente comecei a sentir uma necessidade urgente de reduzir o gasto de plástico e papel que estava a usar com envelopes e por isso agora, na maioria das vezes, reutilizo envelopes e outros materiais, como sacos ou folhas usadas e tenho fazer envelopes esteticamente agradáveis e muito mais amigos do ambiente. Quando não o consigo fazer, envio um cartãozinho junto da encomenda onde sugiro que a pessoa do outro lado guarde e reutilize o envelope.

Para iniciantes as opções que dei acima são ótimas. Existe também a alternativa de comprar lotes de envelopes (no eBay 100 custam cerca de 5€) visto que comprar envelopes a vulso pode tornar-se dispendioso.

Não ter medo de aproximar o comprador (e esta aprendi ao trabalhar com metas diárias de vendas na Levi’s). Se a pessoa deixou um like, não perdemos nada em enviar uma oferta, como por exemplo sugerir portes grátis. Se chegarem a um acordo, ótimo, temos negócio. Se não vos responderem, também não perderam nada por tentar. If you never try, you never know.

Porque nem tudo é fácil, estamos sujeitos a críticas más. A melhor forma de o evitar é através de comunicação. Verbalizar o estado real dos artigos e qualquer pormenor que possa eventualmente incomodar um futuro comprador. Anunciar previamente atrasos nos envios. Normalmente envio as minhas peças num período de 48h. Quando não é possível, como por exemplo agora que estive de férias duas semanas, certifico-me de que deixo uma mensagem e um miminho de compensação ao comprador. Quase sempre um par de brincos (costumo comprar lotes a preços muito baixos e por isso a despesa é quase nenhuma). Acaba por ser uma win/win situation. Cliente feliz, boa review e consequentemente, fico feliz também.

 

Como tudo na vida, é preciso paciência e dedicação. Dedico várias horas da minha semana a este pequeno hobby e acredito que os frutos vêm daí.

A melhor parte é que adoro mesmo todo o processo.

Amo ir procurar as peças nas lojas em segunda mão. Adoro ter a casa cheia de roupa com história e todos os dias me poder levantar e ter um catálogo vivo de estilos diferentes no meu armário e, quando me apetece, permito vestir-me com o que o meu mood pedir, como se de fatos de carnaval se tratem. Faz-me feliz gerir as plataformas e não há nada melhor que embrulhar os artigos para os enviar, tipo Natal todos os dias.

Se puder estar a fazer isto tudo e a reduzir a minha pegada ecológica em simultâneo então bolas, que orgulho de mim mesma. Este foi um guia para futuras (e futuros, porque aqui somos inclusivos) girl bosses e, honestamente, acho que estou no bom caminho.

Quem não é influencer é um ovo podre!

 

Quando troquei o WordPress e o Teens Also Wear Prada pelo Blogger e pelo The Pink Punch descobri que o meu email estava associado a uma conta que datava 2010. Pelo meio, uma foto minha do sétimo ano e um longo histórico de blogs –  um com um layout péssimo e um banner com o Justin Bieber (ai vergonha!), outro com um fundo leopardo e textos rosa a ditarem as tendências foram alguns deles. 

Descobri a Internet cedo, ainda antes de receber o meu primeiro portátil com sete anos. Paralelamente, já recebia elogios quanto às minhas composições nas aulas de português da primária e por isso não foi preciso muito para rapidamente mergulhar no mundo dos blogs. Na altura não sabia da existência de bloggers conhecidas, muito menos de bloggers que faziam daquilo profissão. Escrevia. Sabia que ninguém ia ler – porque ninguém lia na realidade! E lia outros blogs, como o meu. Comentava se realmente sentia que merecia elogiar. Seguia se realmente sentia que não queria perder nada! Não haviam outros interesses. 

Éramos uma mera comunidade que escrevia por gosto, porque gostávamos realmente daquilo. E falo disto com a maior sinceridade, gostava (e gosto) genuinamente de ter um blog – e sejamos realistas, não havia nessa altura muitas crianças de onze anos a perder tempo a escrever frequentemente para blogs quando existia todo um mundo de sites de jogos e brincadeiras ao ar livre – aos quais também dedicava tempo como é óbvio, mas a escrita e leitura aliados à Internet sempre foram muito importantes para mim.

Nos últimos anos o mundo dos blogs despoletou uma profissão – se tens um blog rentável podes fazer disso profissão. Aliás, se tens uma rede social que influencia o seu nicho, podes ser considerada uma influenciadora. 

Mas afinal, o que é uma influenciadora? É possível viver das redes sociais?

in·flu·en·ci·a·dor |ô|

(influenciar + -dor)

adjectivo e substantivo masculino

Que ou quem influencia ou tem alguma espécie de influência sobre algo ou alguém (ex: tentaram reunir vários influenciadores para um debate).


Traduzido por miúdos, ser influenciador significa, através da presença nas redes sociais, inspirar e influenciar o público de alguma forma. Pode, efetivamente, ser lucrativo, dependendo de vários factores como o número de seguidores, o alcance, o engajamento com o seu público, e o fator chave – a influência perante decisões. Ao contrário do que se pensa, não é necessário milhões de seguidores para se ser considerado influenciador. Inicialmente, quando ainda nem existia este termo, as marcas consideravam influenciadores as celebridades, que realmente faziam produtos esgotar e traziam lucro às marcas. Mais tarde surgiram as youtubers mais conhecidas, como por exemplo a Zoella em Inglaterra. As marcas começaram a perceber que qualquer marca recomendada por ela esgotava, e por isso seria rentável apostar em pessoas que não as celebridades, mas ainda assim conhecidas, porque eram investimentos mais baratos e que ainda assim poderiam trazer mais lucro. 

Mais recentemente, estas youtubers, bloggers e Instagrammers com milhões de seguidores começaram a perceber o verdadeiro valor da sua publicidade e começaram a elevar os seus cachets, pelo que as marcas tiveram que começar a procurar outras opções e começaram a apostar em influenciadoras com alcance menor mas que ainda assim têm o dom da palavra. Assim sendo, a palavra influenciadora divide-se em duas categorias – macro-influenciadoras e micro-influenciadoras.

É possível sim viver das redes sociais. Cada vez mais influenciadoras deixam os empregos para se dedicarem a tempo inteiro a esta profissão, como por exemplo a Ana Garcia Martins que é uma das pessoas que sigo e mais admiro no mundo digital.

Até aqui tudo bem. 

Mas a palavra “influenciadora” tem muito que se diga.

Percebi a dimensão disto tudo quando criei a minha loja online e comecei a receber diariamente dezenas de mensagens com propostas duvidosas..

 “Envias-me um produto e eu faço review”

“Envias-me um produto e eu partilho nos Insta Stories”

“Pagas-me e eu partilho uma foto a usar uma peça também oferecida por ti, mas tenho que ser eu a escolher, tem de ser de qualquer valor e o custo por publicação é de 75€ porque tenho 2000 seguidores e o meu alcance é gigante”

Malta, isto é real! Recebo isto todos os dias! Literalmente como coloquei acima. E o pior? O pior não é a forma como me abordam – é evidente que quando se começa a ter algum trabalho investido é 100% OK contactar marcas, darmos-nos a conhecer, mas não assim.

Pessoalmente, já estive nas três posições – já contactei as marcas, já recebi contactos das marcas e agora sou a marca que contacto. E posso afirmar que, tudo o que está a acontecer está errado!

Não é correto contactar uma marca por mensagem direta, com linguagem informal, falar em números sem um Mídia Kit ou sem uma prova de que efetivamente temos os números que dizemos ter, sejam eles seguidores, comentários, visualizações num blog, sei lá! 

Diariamente recebo mensagens de miúdas de 3º ciclo que nem ainda sustentam uma conversa com os standards mínimos de português e pessoas com 100/200 seguidores e zero de engajamento a intitularem-se influenciadoras. Mas, honestamente, o pior não é isso! O pior são as pseudo-influencers!




O que é que eu considero uma pseudo-influencer?


Mais acima neste artigo falei da existência das micro e das macro-influencers. Já li imenso sobre este assunto e existem várias publicações que revelam dados diferentes mas as macro-influencers normalmente têm mais de 100k seguidores e as micro-influencers têm mais de 10k – há quem apoie que podem ter menos seguidores mas, pessoalmente, não creio que, por bom alcance que tenham, causem efetivamente lucro às marcas. Mas é também necessário destacar que uma boa influencer não se faz de números. É preciso, acima de tudo, saber o que estão a fazer, porque o estão a fazer e muita CREDIBILIDADE.


Saber vestir não é suficiente – até porque se vestem todas da mesma forma. Saber escrever não é suficiente – até porque metade do que aparece escrito foi “impingido” pelas marcas. Ter um lifestyle mais-ou-menos não é suficiente – porque na maioria das vezes escolhem-se os restaurantes e cafés pelo cenário para fotos  e não pelo menu.


Posts da Prozis, Daniel Wellington, Desenio, e cupões de desconto de mil e uma lojas em que as influenciadoras ganham por venda, patati patatá e outros afins, a sério, ninguém acredita nisso, nem as próprias influencers – então a pergunta é: porque o continuam a fazer? Ganham dinheiro? Ok talvez até sim, mas não existe um ponto sustentável em o fazer, porque nem o público irá dar atenção. Abro os stories e todas as influencers divulgam o mesmo – credibilidade? 0!

O alcance de que tanto se orgulham de ter não passa de comentários de pseudo-influencers que estas haviam comentado na última foto, é quase o mesmo que a hashtag #like4like, algo forçado, porque o nicho delas é realmente esse, um grupo de “amigas” que ambiciona um dia ser intitulado de influencers e então trocam comentários em todas as fotos. Público real? Não acredito que exista.



O que aprendi com o primeiro ano num curso de moda fez-me saber distinguir o que há de valor na indústria do que nada vale. Há muita porcaria a ser considerada algo, porque moda é uma arte abstrata – e por isso consumimos, porque “deve estar na moda”. 

Admiro o trabalho de algumas pessoas mas não de muitas. Estou a estudar jornalismo e assim sendo devia seguir toda a gente da indústria, boas ou más influenciadoras, simplesmente para estar atenta ao que fazem e poder então saber fazer disso notícia. Mas honestamente sigo muito poucas, e ainda assim algumas dessas não passam de entretenimento para a espera pela consulta no dentista ou para a hora de almoço sem televisão. Como já referi acima, influenciador não significa números, outfits, fotos giras. Significa saber do que se fala, saber o que se está a fazer e saber usar o poder da influência para algo benéfico. 

Está a perder-se o valor desta profissão, que poderia ser efetivamente algo. Todas as miúdas sonham com isso, e pior, todas as miúdas se auto-intitulam influencers. E o público começa a ver isso com maus olhos.

Deixem as coisas fluir naturalmente, se o vosso valor é real, mais tarde ou mais cedo será reconhecido! Cuidem da forma como se apresentam a uma marca e façam-no somente se acreditaram que uma colaboração será benéfica para ambas as partes! 

Vistam-se como realmente querem e não com o que a Zara tem exposto na montra. 

Frequentam restaurantes onde a comida é melhor que o cenário.

Ser influencer ou blogger ou youtuber é fixe, mas não ser influencer ou blogger ou youtuber é ok! Algo nada fixe é tentarem forçar algo que não foi feito para ser! 

Throwback Tuesday: Portugal Fashion ss17

Porque nunca será tarde demais relembrar..

Em Outubro tive a oportunidade de ir pela primeira vez ao Portugal Fashion. Sempre fora uma coisa que eu quis muito, tanto pela experiência como por marcar presença e poder observar as modas que o pessoal veste por aí. Portugal não tem muitos eventos neste domínio e presumo que seja mesmo essa a razão que explica o motivo de porquê tanta excentricidade quando isso acontece. Confirmo que vi coisas muito arrojadas, oh se vi..coisas perto do anormal, que simplesmente não davam para entender. Mas também vi outras de tamanha elegância que me fizeram mesmo questionar se estava no nosso país ou numa das grandes capitais da moda. Pode dizer-se que por lá se vê mesmo de tudo.

Mas avançando para o mais importante, fiquei incrivelmente surpreendida com o ambiente, com a organização e com algumas coleções que esperava muito mais high couture, quase impossíveis de vestir a menos que fossemos uma Anna Dello Russo. O Bloom é uma iniciativa que merece todo o nosso incentivo, é realmente importante apoiar os jovens portugueses a desenvolverem a indústria da moda em Portugal. No Terminal de Cruzeiros de Leixões os desfiles de Luís Buchinho e Katty Xiomara foram deslumbrantes sendo que o sítio foi meio caminho andado para o requinte dos mesmos. Destes, é de destacar a coleção de Katty, repleta de bordados, transparências, franzidos e sobreposições – na minha opinião, uma surpresa muito agradável. Já na Alfândega do Porto comprovei a imagem distinta e inigualável que tinha do evento com alguns desfiles como o de Miguel Vieira, Elsa Barreto, Pé de Chumbo, Diogo Miranda e Lion of Porches.

Quanto aos meus outfits apostei numa coisa mais classy quinta-feira nos Bloom, num outfit mais edgy sexta-feira na Alfândega e numa coisa mais sporty chic no sábado para o Terminal e para a Alfândega. O melhor conselho que guardei e que agora partilho convosco é que se vistam com as tendências mas sem prescindir do conforto. A verdade é que foram três dias incríveis mas muito cansativos, cansaço esse que valeu totalmente a pena. Para quem gosta de moda, é uma experiência super enriquecedora.. se tiverem a oportunidade de ir a uma edição, não a percam nem por nada! Deixo-vos as fotos, take a look!

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Um beijinho,

Bárbara Santos

Sobre a Black Friday

Novembro é um bom mês. É quando já estamos em mood natalício – as luzes acendem-se nas cidades, o frio toma conta dos dias e já só queremos chegar a casa, vestir um pijama quentinho, acender a lareira e ver filmes de Natal enrolados numa manta. Ou então pesquisar quais vão ser os saldos da Black Friday, opção com a qual mais me identifico.

A Black Friday é uma tradição dos EUA.. eles planearam bem isto porque compras é a melhor maneira de abater as calorias do peru do Thanksgiving. O povo americano leva isto mesmo a sério e não olha a meios para conseguir comprar o que quer. Por cá as coisas são bem mais calmas, o que é realmente de suspeitar já que os portugueses não têm paciência nenhuma e fritam logo a pipoca.

Eu passei a minha Black Friday no The Style Outlet de Vila do Conde e posso-vos dizer que não precisei de correr, atropelar pessoas ou pisar cabeças para chegar ao que queria. Havia mais gente que o normal, mas isso já seria de esperar. Quanto à relação preço-qualidade devo dizer que foram preciso 3 voltas e meia ao Outlet para descobrir alguma coisa de que realmente gostava. Mas como há terceira é de vez, acabei por vir para casa com um casaco e dois pares de calças por um preço bem aceitável.

Uma pessoa espera ansiosamente por esta altura e contenta-se com um descontito de 5 ou 10€ que nos faz tomar a decisão de levar porque “é melhor pouco que nada” mas falando por mim, invejo o espírito competitivo dos americanos, o que não seria de esperar vindo de qualquer shopaholic que se digne. E o melhor aspeto disto tudo? Se há dia em que sou uma morning person, é exatamente na última sexta-feira de Novembro!

 

Um beijinho,

Bárbara Santos

O verdadeiro e definitivo Regresso

Tenho sido bombardeada com a pergunta “Então e o blog, esqueceste-te dele?”.

Não, não, não!!!!! Eu criei o TAWP porque eu adoro moda, beleza, essas coisas. E adoro partilhar convosco as minhas opiniões. Independentemente do número de pessoas que me segue, independentemente do que as pessoas dizem, independentemente de qualquer coisa. É isto que faço, é isto que gosto. Quem me gosta segue-me, quem não gosta não segue. E aproveito para relembrar que eu respeito isso.

O blog esteve em stand-by até agora, o motivo deve-se ao facto de, apesar do meu enorme gosto por ele, isto não passar de um hobby. Um hobby que me tira algum tempo. Os últimos meses foram uma verdadeira correria.. no momento em que deixei de escrever, isso pareceu-me realmente o melhor a fazer, já que o blog me estava a tirar demasiado tempo.

Mas com esta ausência entendi que este hobby é o melhor hobby que eu tenho e jamais conseguirei fazer alguma coisa com que me identifique tanto quanto escrever aqui. As saudades já apertavam, bolas.

Este é o meu regresso, o verdadeiro regresso. E espero que seja definitivo, porque pelo menos é aqui que eu gosto de estar, sempre gostei e por aqui espero ficar.

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Um beijinho,

Bárbara Santos

O Regresso

Passaram exactamente 23 dias desde o último post aqui no blog. Imagino o que pensaram desse lado na minha ausência. Para ser sincera não tenho uma justificação..creio que às vezes as pessoas precisam de se ausentar um bocadinho para voltarem em força, melhores que nunca – ora pois muito bem cá estou eu, melhor que nunca!

As ultimas semanas inspiraram-me tanto que regresso hoje cheia de energia! A viagem a Londres foi simplesmente incrível, tão enriquecedora como emocionante e tenho tantas coisas para vos falar sobre a cidade que teria assunto para falar até ao final deste ano. Mas o passeio não ficou só por Inglaterra e aqui por Portugal já visitei outros quantos sítios lindos. Tantas fotos para partilhar aqui, tantas notícias sobre as quais quero debater, tantas tendências que vos quero mostrar, enfim, uma pessoa ausenta-se e volta logo cheia de novidades! Para já, como devem ter reparado, a novidade maior é o novo layout no blog, que na minha opinião está muito querido!

Tendo em conta que para além do meu regresso ao blog se deu também o regresso às aulas quero desejar-vos a vocês que estão desse lado um ano incrível, estejam no ensino básico, secundário, superior ou na escola da vida. Lutem pelos vossos objectivos e verão o vosso esforço recompensado, nada melhor que esse saborzinho da recompensação.

Resta-me assim sugerir que acompanhem o blog, não vão querer perder as novidades.

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Um beijinho enorme,

Bárbara Santos

Londres | Girl u Nailed It #16

Ora quando menos esperamos lá aparece de novo uma tendência herdada de gerações anteriores. Uma das tendências para o Outono/Inverno 2016/2017 viajou mesmo dos anos 50 diretamente para as passerelles da atualidade e promete ser objeto de revolução dos nossos outfits – os lenços!

Os lenços são as peças chave para o toque final dos outfits, deixando-os modernos e sofisticados ou super edgy, num registo mais street style. A melhor parte é que são peças surpreendentemente versáteis que podem ser usadas de mil e uma maneiras, seja no pescoço, na cabeça, no pulso, como cinto ou pendurados na mala!

A minha ideia de comprar o meu lencinho já veio de Portugal. Quando fui a primeira vez a Oxford Street tomei-o logo como garantido, e fiquei a gostar tanto que agora não quero outra coisa! Adoro a ideia de poder vestir o mais básico outfit e o lenço torná-lo num look fantástico, super in! A verdade é que para mim a moda é mesmo isso, contrastar a simplicidade dos básicos com a inovação das tendências.. é definitivamente o meu jogo preferido, onde sinto que saio sempre a ganhar nem que seja só por arriscar.

Deixo-vos as fotos, inspirem-se!

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Lots of Love,

Bárbara Santos

Olha lá, então e Londres?

 

É assim, se as expectativas eram elevadas, Londres tem conseguido arranjar sempre forma de surpreender ainda mais. O que é bom acaba depressa e o tempo aqui tem passado a voar, já faltam menos de 15 dias para regressar a Portugal! Vai ser demasiado triste deixar esta cidade linda e ter que voltar à rotina, numa realidade um bocadinho diferente desta.. vou morrer de saudades desde movimento todo! Apesar de andar fugida do blog e do Snapchat, contrariamente ao prometido, tenho passeado imenso e já sinto que vivo aqui há imenso tempo. Já dei check a muitos dos sítios que queria visitar e devo dizer, estou fascinada.

Covent Garden é o lugar mais amoroso que visitei, adorei o Jubilee Market e tem coisas muitooo mais baratas, por exemplo as sweats de Londres que eu comprei em Trafalgar Square a 15£ e no mercado estavam a 10£, sendo que devo sublinhar que tanto nos mercados como em alguns quiosques podemos regatear os preços, o que é ótimo!

Oxford Street é A rua! O meu coração acelerou quando me deparei com uma rua enorme repleta de Topshops, Forever 21’s, Primarks, Zaras, Boots, etc etc etc. No entanto devo dizer que nem a Forever 21 nem a Topshop me surpreenderam – não têm nada de especial e são muito mais caras! A Zara permanece a minha preferida. Já a Boots e a Superdrugs são motivo de espasmos e euforia porque são o PARAÍSO, o Porto só precisava de uma lojinha assim com tanta maquilhagem  e eu já me dava por contente!

Adorei ver o Big Ben e o London Eye, são realmente lindos e não poderiam faltar as fotos clichés que toda a gente tira. No entanto, o que me deixou mais fascinada desde que cheguei foi o passeio que une London Bridge à Tower Bridge, paralelo ao Tamisa.. percorri-o de noite e já a chegar à Tower Bridge estava lá montado um festival de bares estilo Havai que eu digo-vos, que ambiente fantástico! As pessoas estavam tão animadas a dançar super sincronizadas, com a Tower Bridge iluminada como cenário e eu fiquei completamente rendida àquele momento!

Já perdi a conta às vezes que disse isto mas a verdade é que Londres é mesmo uma cidade incrível e eu já só espero que este ano passe a correr porque tudo o que eu mais quero é mudar-me para cá. Se querem um conselho de amiga, não percam uma oportunidade de visitar esta cidade, eu farei o mesmo, depois desta não quero mais nada senão isto!

With love,

Bárbara Santos

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E os posts mais lidos do ano foram..

Como hoje celebramos o primeiro aniversário do blog é dia de relembrar os posts mais lidos do ano. Se não os leram, ainda vão a tempo! E os ditos cujos foram…

#1 Fui de robe para a escola

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#2 Contra o estereótipo do corpo ideal!

Sem Título

#3 I’ve become a teen mom

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#4 A (des)ilusão do Dia dos Namorados

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#5 Cuidados de beleza na Adolescência

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#6 Inaugurei a minha época balnear, e fiquei por aí.

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#7 10 Truques de beleza para o Verão

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Um beijinho,

Bárbara Santos

Primeiro aniversário do blog!!

Em Março de 2015 fazia já alguns anos desde que a escrita e a moda eram duas vertentes que eu considerava imprescindíveis para o meu futuro.. andava há imenso tempo com vontade de voltar ao mundo dos blogs, que para mim fora sempre sol de pouca dura, uma vez que não sou pessoa que aguente muito tempo a fazer a mesma coisa. Decidi criar um Instagram que substituísse o blog, seria uma coisa diferente, onde poderia partilhar diariamente, mais que uma vez, coisas de que gostasse, os meus outfits, os meus passeios, acompanhados de curtos resumos do que penso acerca disso. Decidi chamar a esse mini-blog Teens Also Wear Prada, um género de metáfora que traduz o facto dos adolescentes também terem bom gosto e a nossa necessidade de também querermos ser ouvidos no mundo da moda.

Em Agosto de 2015 estive um dia na capital. Passeei muito, tirei imensas fotos e diverti-me à grande. Quando cheguei a casa e vi as fotos do dia, sabia que aquilo tinha potencial para muito mais do que um curto post no Instagram. O mundo dos blogs chamava por mim de uma forma tão forte que eu não o pude evitar. E nesse dia, 14 de Agosto de 2015, nasceu o blog Teens Also Wear Prada. O primeiro post, Lisboa Menina e Moça, foi tão bem aceite e o feedback foi tão positivo que me vez querer continuar sempre, cada vez mais.

Hoje, passado exatamente um ano, olho para trás e sei que a melhor decisão que poderia ter tomado foi ter feito isto. Mais do que um blog, o Teens é um diário onde eu partilho as minhas aventuras, (in)satisfações, e o que bem me apetece, e saber que há gente desse lado que me acompanha sem perder pitada dá-me um gosto tremendo de continuar. Não há nada de que goste mais do que isto, escrever é definitivamente a minha praia e acreditem, dá-me um prazer enorme gerir este meu bichinho de estimação. Fico perplexa com o mundo de oportunidades que me tem sido oferecido à custa disto, que eu faço na desportiva mas com o maior gosto do mundo.

Sou eu, o blog e vocês. Espero que gostem tanto de nós quanto nós gostamos de vocês e da vossa presença por cá. O nosso maior obrigada a quem nos acompanhou este ano, prometemos que o próximo não vai desiludir, pelo contrário, vocês vão passar-se quando souberem as novidades que por aí vêm!!

Feliz Aniversário a nós,

Bárbara Santos.